Serviços da Jucepar continuam precários e gerando reclamações; Sicontiba foi até a sede do órgão para ouvir os contabilistas

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Fila hoje (10) em frente ao prédio da Junta

A lentidão dos serviços e a falta de responsabilidade da Jucepar (Junta Comercial do Paraná) e do Governo do Paraná com o bem-estar da economia paranaense tem dado o que falar.

Hoje, dia 10 de novembro, o Sicontiba (Sindicato dos Contabilistas de Curitiba) foi até a fila que se forma em frente ao prédio da Junta, no centro de Curitiba, para conversar com quem mais necessita dos serviços do órgão, que são os contabilistas, os funcionários de escritórios de contabilidade e os empresários.

As reclamações são unânimes: falta de funcionários para atendimento; processos parados; sistema on-line que não funciona; horário de atendimento presencial muito curto entre 12h e 17h; SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) saturado e com informações desencontradas; e problemas com o preenchimento de documentos.

“O governo sempre cobra impostos, prazos e até multa o cidadão. Mas cadê o retorno disso tudo para a gente?”, desabafa a contabilista Lurdes Padilha, que está indignada porque uma simples alteração contratual, que poderia ser resolvida rapidamente, está levando mais de duas semanas.

“O sistema Empresa Fácil na verdade não é nada fácil. É bem complicadinho”, brinca Lurdes.

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Para os contabilistas Rafael de Sá e Márcia Vidal, a iniciativa de informatizar a Junta é interessante, mas o processo de implantação do sistema está muito confuso e demorado. Deveria ter sido testado melhor antes de ser colocado em prática.

“O pior é que os clientes pensam que a culpa é nossa e querem que a gente resolva”, disse Rafael. “Falta mais divulgação da Junta para avisar os empresários sobre o que está acontecendo”, completa Márcia, que ainda reclama do atendimento via telefone.

“Falar com alguém do SAC no horário comercial é quase impossível. Ou você tem que ligar bem cedinho ou no fim do dia para ser atendido. Caso contrário, não tem jeito”, revela.

Segundo o contabilista Acir Endler, um dos grandes problemas da Jucepar hoje é o horário de atendimento presencial muito restrito. “Era tão melhor quando dava para resolver tudo pela manhã. Facilitava muito”, disse Acir.

De acordo com a funcionária de escritório contábil Eliane Maurício, tem cliente que diz não acreditar no que está acontecendo e chega até a cancelar o contrato com o escritório. “Tem bastante reclamação por parte dos clientes e a gente ainda tem que voltar aqui várias vezes porque nunca ninguém resolve nada”, pontua.

O presidente do Sicontiba, Hugo Catossi, que encampou uma batalha ao lado do presidente da Microtiba (Associação das Micro e Pequenas Empresas de Curitiba), Armando Lira, por um atendimento mais digno e eficaz na Jucepar, disse que as entidades estão estudando agora tomar providências mais drásticas, como uma representação no Ministério Público Estadual e outra no Federal.

As entidades também já vêm trabalhando para conquistar apoio político na Assembleia Legislativa do Paraná e na Câmara Municipal de Curitiba para pressionar o Governo do Estado.

“Nossos governantes não percebem que estão prejudicando e ceifando a economia paranaense. Eles estão atravancando o desenvolvimento da nossa gente por simples descaso e descompromisso”, disse Hugo.

Na última sexta-feira (6), o Sicontiba e a Microtiba divulgaram uma Nota de Repúdio contra a Jucepar e o Governo do Paraná. Para ler a Nota de Repúdio, clique aqui.

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Aviso na porta de entrada da sede da Jucepar

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