Diretor do CRCPR, Hugo Catossi, recebe o título “Servidor Público Padrão – 2016”

O diretor do CRC-PR Hugo Catossi e o vereador Helio Wirbiski

O diretor do CRC-PR Hugo Catossi e o vereador Helio Wirbiski

Em solenidade realizada ontem, dia 8 de dezembro, na Câmara Municipal de Curitiba, Pedro Hugo Catossi recebeu, de forma honrosa, o Prêmio Servidor Público Padrão – 2016.

Criada pela Lei 10.680/2003, para destacar servidores que são exemplos a serem seguidos no âmbito do funcionalismo público, a homenagem geralmente é realizada em período próximo ao Dia do Funcionário Público (28 de outubro), no entanto, neste ano, foi transferida para dezembro, por causa das eleições municipais.

homenagem-servidor-publico-padrao-2016-1

O contador José Eurides Borges Filho, o vereador Helio Wirbiski , o diretor do CRC-PR Hugo Catossi, os contadores José Carlos Lada e José Carlos Miranda, e o diretor do CRC-PR Narciso Doro Junior

Tendo iniciado a carreira em 2 de maio de 1976, há mais de 40 anos, Hugo lembrou que:

“Aos 14 anos, quando ingressei no mercado de trabalho, iniciei trabalhando em um escritório de representação, aqui na Capital, de um delegado do CRCPR de Londrina, o saudoso Yedo Santos Costa. Eu recebia do escritório volumes e volumes de documentação para depois levar a registro na Junta Comercial, no Cartório de Títulos e Documentos, encaminhamento ao Diário Oficial do Estado, etc. Saía distribuindo por aí.

Foi nessa oportunidade que conheci o Conselho Regional de Contabilidade do Paraná, que, na época, era um jovem de 30 anos de existência. O prefeito de Curitiba era Saul Raiz, o governador era Jaime Canet Júnior e o presidente da República era Ernesto Geisel. Isso mesmo, vivíamos a ditadura militar, coisa que eu, ainda um adolescente, pouco sabia o que era.

Semanalmente, eu ia até a sede do CRCPR, para levar e buscar documentos de registro de contabilistas de Londrina e região e, nos meses de declaração de imposto de renda, pegar os selos necessários para os contabilistas afixarem nas declarações que elaboravam. Era um procedimento exigido pela Receita Federal. Ficou no passado, assim como essas boas recordações que compartilho com vocês agora.

Nesses mesmos idos de 1976, fiquei sabendo de uma vaga de trabalho no Conselho. Fiz um teste de datilografia e escrevi uma carta candidatando-me ao cargo de contínuo, sendo imediatamente contratado pelo diretor executivo da época, mestre Adão Loureiro, senhor este por quem eu tenho um grande apreço e mantenho contato até hoje.

Pela manhã me dedicava à função de locutor de rádio em uma emissora local e, durante a tarde, corria cumprir com as minhas obrigações no Conselho, fazendo expediente das 12h às 18h.

Na época, os Livros Auxiliares, Escriturados, Fornecedores, Duplicatas, Contas a Receber, Conta Corrente e Livro Diário eram todos feitos à mão. Para vocês terem uma ideia, para fazer o Livro Diário era usada uma prensa. Datilografava-se o conteúdo em uma ficha copiativa roxa. Em seguida, colocava-se o papel com folhas de carbono preto, o livro diário onde a informação seria depositada (que era feito de papel de seda) e uma espécie de placa de gelatina. Então, a prensa era fechada e, apenas no dia seguinte, a cópia estava pronta.

A comunicação era feita, em sua maioria, via telex.

Ao longo de todos esses anos de casa, exerci diversos cargos de chefia. Inclusive, fui homenageado por alguns ex-presidentes do CRCPR.

Por Edilton José da Rocha, voto de louvor “pela incontestável dedicação, competência e empenho, mostrando-se um atento cumpridor de suas tarefas e, mesmo, em momentos oportunos, ressaltando a sua consciência de pacificador e irredutível homem de bem, como membro do corpo funcional deste CRCPR, em todos os cargos que ocupou”.

Antônio Carlos Doro escreveu-me: “Imprescindível se torna agradecer aquelas pessoas que contribuíram de forma direta para o sucesso da nossa gestão. E você, meu caro amigo, é merecedor desta partilha de sucesso, por tudo que você muito bem realizou, criou e dirigiu com sua competência e dedicação”.

Mas foi mesmo como inspetor fiscal do Conselho que me realizei mais profissionalmente, já que pude viajar por todo esse lindo Paraná, aprendendo a respeitar e admirar os profissionais da contabilidade pela importância do trabalho deles e pelas dificuldades de exercer a profissão.

Neste tempo de CRCPR, acompanhei de perto a evolução ocorrida, o trabalho maravilhoso que o Conselho presta, seus funcionários abnegados, os conselheiros – que exercem cargos honoríficos com grande zelo e dedicação.
Infelizmente, nesse longo tempo, muitos funcionários, conselheiros, presidentes e contabilistas também partiram, deixando saudades.

O Paraná destaca-se no cenário nacional pela organização da classe contábil: são 17 sindicatos de profissionais da categoria. Somam-se ainda a Fecopar, o Sindicato dos empresários contábeis (Sescap-PR), a Academia de Ciências Contábeis do Paraná (ACCPR) e o Instituto Paranaense da Mulher Contabilista (IPMCont), entidades que se irmanam para contribuir para o desenvolvimento da classe e da profissão contábil.

Os contabilistas merecem todo esse suporte. São profissionais e guerreiros incansáveis de uma profissão que luta todos os dias por menos burocracia. É a profissão contábil, dentre as 27 profissões regulamentadas, a segunda, depois dos advogados, a conseguir através de lei o exame de suficiência.”

homenagem-servidor-publico-padrao-2016-2

O delegado Rubens Recalcatti, o Major da Polícia Militar do Paraná Arildo Medeiros Dias, o diretor do CRC-PR Hugo Catossi, e o delegado Walter Baruffi

De forma humilde, é fato que Hugo iniciou no CRCPR como office boy. Com a evolução e o aperfeiçoamento técnico contínuo do seu trabalho, exerceu diversas funções, como inspetor fiscal, gerente, diretor administrativo, sendo atualmente diretor operacional, contribuindo imensamente e de forma direta para o desenvolvimento do CRCPR, que é uma referência dentre os órgãos de registro e de fiscalização profissional.

Hugo preside o Sicontiba (Sindicato dos Contabilistas de Curitiba), entidade que representa os 14 mil profissionais da contabilidade de Curitiba e região metropolitana, atuando de forma ousada, inovadora, transparente e ética, focando sempre na defesa e na valorização dos contabilistas.

No Sicontiba, face à bravura na sua forma de atuação em defesa e valorização dos profissionais da contabilidade, mantendo-se forte mesmo diante de tantas adversidades, e face a sua administração sem quaisquer interesses pessoais e políticos, apenas cumprindo o cargo de forma técnica e direcionada para os fins previstos legalmente e de forma estatutária, foi reeleito para o mandato sindical triênio 2017/2019 mediante uma aprovação expressiva nas urnas com um percentual de 94,74%.

homenagem-servidor-publico-padrao-2016-6

Sobre a fórmula para alcançar o sucesso profissional, disse Hugo, emocionado: “Para uma carreira prosperar é necessário ter dedicação, honestidade, seriedade e, acima de tudo, atitude para transformar projetos em ações”.

Finalizou dizendo: “Não importa o preço que tem que ser pago para se manter íntegro e honesto, não fazendo coisas erradas ou prejudiciais ao próximo, mesmo com as inúmeras dificuldades, pressões e desafios pelos quais todo ser humano tem que enfrentar. Aprendi valores como ser honesto, justo, dentre outros. Meio termo é uma coisa que eu não sei fazer.”

O evento, na Câmara Municipal de Curitiba, foi prestigiado por vereadores, amigos e familiares. Após a sessão, o homenageado ofereceu um jantar aos convidados, em sua residência, no Jardim Schaffer.

Para saber o nome dos outros servidores homenageados e mais informações sobre a premiação clique aqui

homenagem-servidor-publico-padrao-2016-3

© 2015 Sicontiba - Sindicato dos Contabilistas de Curitiba e Região