Sicontiba participa de Manifesto de entidades contábeis contra o aumento do Fundo Partidário

As entidades contábeis do Estado do Paraná abaixo relacionadas, que representam profissionais da contabilidade e empresas de prestação de serviços contábeis, além de várias atividades econômicas do setor de serviços, em cumprimento aos seus objetivos sociais previstos em estatuto, vêm se manifestar publicamente contrárias à elevação dos recursos para as campanhas eleitorais de 2022 de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões, conforme previsão aprovada junto à Lei de Diretrizes Orçamentárias pela Câmara Federal e pelo Senado Federal, ocorrida no último dia 15 de julho.

Como entidades integrantes do setor produtivo, entendemos que os representantes da população e do Estado Federado excederam nas atribuições que lhes competem, implicando em sérios prejuízos aos cofres públicos, num momento em que o Brasil tem outras prioridades, que certamente não são o atendimento aos interesses dos representantes do poder Legislativo. Como representantes da população e dos Estados, os parlamentares deveriam saber que o Brasil vive um momento de instabilidade em função da grave crise sanitária causada pela pandemia de covid-19, que enseja em ações restritivas às empresas com consequências seríssimas ao setor produtivo e à sociedade.

Sendo assim, as entidades signatárias deste manifesto sugerem que os parlamentares façam suas campanhas com recursos próprios ou por meio de doações já legalmente previstas no Código Eleitoral Brasileiro. Que eles sigam o exemplo dos profissionais das mais diversas áreas, como: os médicos, os dentistas, os operários, os construtores, os jornalistas, os contadores e tanto outros profissionais, que não dependem de dinheiro público para a realização do seu trabalho.

Neste momento, mais do que nunca, é necessário que os gestores públicos e os representantes da nossa sociedade na Câmara dos Deputados, no Senado Federal e no Poder Executivo cumpram com seus deveres constitucionais, contingenciando gastos, tratando os gastos públicos com imensa responsabilidade em prol da sociedade e não de seus interesses político-partidários.

A aprovação do aumento de verbas para o Fundo Eleitoral em detrimento do que deveria ser investido na saúde, na educação, na habitação e no auxílio aos trabalhadores e empresários, num momento tão difícil da realidade brasileira, é um absoluto e inconcebível retrocesso, envergonhando, ainda mais, a classe política, cuja reputação já se encontra tão abalada.

Nós, como representantes de parte da sociedade, exigimos dos nossos representantes que defendam melhores condições para a população (saúde, educação, habitação, infraestrutura urbana, desenvolvimento econômico) e não o aumento da assistência financeira a Partidos Políticos, que, convenhamos, em nada acrescentam ao desenvolvimento nacional.

Diante desta decisão condenável dos representantes da população e dos Estados brasileiros, restam-nos acreditar que o bom senso prevalecerá, agora, no âmbito do Poder Executivo, que deverá vetar este aumento da verba do Fundo Eleitoral.

     

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